GEOGRAFIA -- TEMPO SOCIAL

25/03/2011 23:59

Brendan Powell

 

A Geografia Urbana estuda as áreas metropolitanas e seus processos de produção do espaço como fenômeno geográfico. Já a urbanização se apresenta como um conjunto de processos coordenados pela ação humana e cuja complexidade exige grande aprofundamento dos pesquisadores, em especial com o objetivo de entender como a cidade se produz e reproduz. Como compreende um todo ao mesmo tempo homogêneo e heterogêneo, é preciso ter em mente que os espaços urbanos são, de modo geral, facilmente reconhecíveis na paisagem, porém cada um apresenta suas especificidades, particularidades e singularidades.
Isso inclui como as pessoas se inserem e estão nesse espaço, acompanhando também os diferentes modos produtivos, urbanizações que produzem e todas as diferenciações de apropriação do espaço urbano. Elas ocorrem sob determinadas lógicas socioespaciais, produzindo assim tecidos urbanos complexos à medida que são aprofundadas as relações produtivas no espaço. Antes de mais nada é preciso fazer uma volta no tempo e na história para tentar compreender as nossas formas de morar, viver e habitar.

 

"A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada? (...)

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco (...)

Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não (...)

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro"

(Letra de Gabriel, o Pensador em sua música Até quando, fazendo referência à violência e à chacina de Vigário Geral.)

 

 

 

Divulgação
 
 

Guerra do Paraguai
No Brasil, os que mais lucraram com a Guerra do Paraguai foram os paulistas. Segundo Jorge Caldeira, em Viagem pela História do Brasil, da Companhia das Letras, a abertura da estrada de ferro entre Santos e Jundiaí, em 1867, tornou viável o abastecimento das tropas brasileiras por Mato Grosso. A boa noticia para os paulistas desagradou argentinos e uruguaios, que deixaram o Brasil sozinho nos campos de batalha em 1867.

 

 

Século XIX - Emancipação dos cativos
A Guerra do Paraguai contribuiu de forma contundente para sedimentar o processo de embate pela emancipação dos escravos. Em 1870, os componentes do Batalhão Voluntários da Pátria, os negros escravos que tinham participado dos combates, ganharam o direito de ficar nas fileiras do Exército em formação e foram promovidos.
Além disso, a pressão pela abolição integral da escravatura cresceu com o retorno dos militares negros aos seus lares. Uma charge de Ângelo Agostin na Semana Illustrada, mostrava o horror expresso nas feições do herói de guerra negro que voltava, condecorado, e encontrava sua mãe sendo chicoteada pelo feitor na fazenda.
Também a chegada dos imigrantes foi importante para reforçar a tese defendida pelos abolicionistas. Elas estavam concentradas em duas correntes: uma moderada onde predominava a liderança de Joaquim Nabuco e José do Patrocínio e a outra radical de Luís Gama, Silva Jardim e Raul Pompeia.
Todo o aparato legal produzido não atendia a demanda social, pois compreendia-se que era para inglês ver.

 

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2013 as pesquisas serão mais fáceis no book-rede.